A proposta dos moradores do bairro Jardim das Acácias seria transformar o nome de Ketelen em um marco contra a violência infantil, mas para isso acontecer depende de aprovação do poder público. O G1 procurou a assessoria do governo municipal, que confirmou a demanda dos moradores e disse nesta segunda-feira (17) que o prefeito “está estudando a questão e em breve anunciará qual forma será utilizada para homenagear a menina”. Ketelen, de seis anos, morreu no dia 24 de abril após passar cinco dias hospitalizada em estado gravíssimo. Ela foi internada em 19 de abril, quando chegou ao hospital municipal de Porto Real já em estado gravíssimo, e depois transferida para o Neovida Resende (RJ) para receber tratamento especializado. A mãe da criança, Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos, e a companheira dela, Brena Luane Barbosa, de 25, foram presas em flagrante por tortura depois que a equipe médica de Porto Real desconfiou da versão contada, com base nos ferimentos que a criança apresentava, e acionou as autoridades. No dia 28, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou por homicídio triplamente qualificado e tortura a mãe e a madrasta da menina, além da sogra da mãe . Segundo a Polícia Civil, as agressões começaram em 16 de abril e seguiram até a madrugada do dia 19, quando a criança “ficou agonizando até amanhecer” e a mãe resolveu chamar o Samu. Ainda de acordo com a polícia, nesse período, a menina não foi devidamente alimentada, recebeu socos, empurrões, pisões, pontapés e sofreu lesões provocadas por um fio de TV, que foi usado como chicote. O fio foi apreendido como instrumento do crime. Além de passar por tudo isso, ela foi jogada de uma altura de sete metros em um matagal. Na ocasião, a polícia disse que a mãe da menina e a companheira confessaram o crime, que teria sido motivado por ciúmes. “A companheira começou a sentir ciúmes da criança, o que foi piorando o relacionamento, até [chegar] agora às agressões”, contou o delegado titular de Porto Real, Marcelo Nunes Ribeiro. “A mãe da criança alega que, por volta de outubro do ano passado, a companheira começou a sentir ciúmes da criança e começou a maltratar tanto a mãe como a criança. Começou a fazer algumas agressões contra a criança, no que veio a culminar, na última sexta-feira, a essa série de agressões”, acrescentou o delegado. “A companheira começou a sentir ciúmes da criança, o que foi piorando o relacionamento, até [chegar] agora às agressões”, contou o delegado titular de Porto Real, Marcelo Nunes Ribeiro.
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